sábado, 26 de dezembro de 2009
Tempero de cor vermelha
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
I´m gonna leave you
I said baby, you know I'm gonna leave you.
I'll leave you when the summertime,
Leave you when the summer comes a-rollin',
Leave you when the summer comes along.
Senta, mas não me conta nada. Hoje eu não quero ouvir absolutamente nada que remeta ao teu passado ou ao teu futuro. Engula as suas frustrações e as deixe bem guardadas em seu estômago, não vivo de tristeza alheia e nem meu assunto preferido é as tuas mancadas. Se você não está pronto, assuma e dê meia-volta para me poupar desse discursinho barato de quem nunca sabe aonde quer chegar. Dizer que não sabe é aliviar a culpa de passos em falso, tentativas vãs e muita hipocrisia. Não estou nem aí se você está bem ou mal, o que importa é se o copo está cheio enquanto a minha sede é muita. Se você se afunda, não me leve junto e nem imagine que meu braço suporta teu peso. Aqui, ainda existe algo que pulsa e que não admite mais que você aperte o botão para desacelerar o que vive acelerado por natureza, não há mais espaço para as tuas manias de me ver como uma folha que suporta todas as letras, independente do contexto. Chega de problemas e esperanças tardias. Eu não pretendo ser sua melhor amiga e nem psicóloga. Me poupe dos segredos e dos comentários indiscretos, estou tapando os meus ouvidos. A paciência e as vontades acabaram,os últimos pedidos foram feitos por aquela mesa, lá no final do corredor. Está decretado o fim.
Apenas sente e fique calado.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Summer 68
'Tomorrow brings another town | |
Another girl like you | |
Have you time before you leave to greet another man | |
Just you let me know' Summer 68 - Pink Floyd |
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Clarear
O prato do dia não é uma dúzia de reclamações, muito menos desaforo. Não há queixas e nem arrependimento. Nada para esquecer, reescrever, ajeitar. Teu mau humor nem tange a minha pele, teu medo me mantém firme nas minhas falas sobre coragem e respeito, me assumo, cada vez mais, passível a falhas e apaixonada pelo instante. Nada de acusações, por hoje, basta. Sem amores impossíveis e mal destinados, deixe-os com suas dores para lá. Sem ardor. Apenas traga leveza e uma tarde doce, no bolso. Não vou fumar, nem me embriagar de qualquer lacuna da vida, pelo menos por hoje. Mande fazer poesia para o jantar e ponha uma mesa de tranquilidade. Sim, tranquilidade e não inércia. Sem agonia, verso preso, peito inchado. Sem medo. Me dê um prato, vou engolir o mundo. Meus braços estão abertos para o que vem por ai, abri a porta do infinito e
Hoje, meu primeiro nome é sorriso.
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Clara Arôxa