terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Clarear

O prato do dia não é uma dúzia de reclamações, muito menos desaforo. Não há queixas e nem arrependimento. Nada para esquecer, reescrever, ajeitar. Teu mau humor nem tange a minha pele, teu medo me mantém firme nas minhas falas sobre coragem e respeito, me assumo, cada vez mais, passível a falhas e apaixonada pelo instante. Nada de acusações, por hoje, basta. Sem amores impossíveis e mal destinados, deixe-os com suas dores para lá. Sem ardor. Apenas traga leveza e uma tarde doce, no bolso. Não vou fumar, nem me embriagar de qualquer lacuna da vida, pelo menos por hoje. Mande fazer poesia para o jantar e ponha uma mesa de tranquilidade. Sim, tranquilidade e não inércia. Sem agonia, verso preso, peito inchado. Sem medo. Me dê um prato, vou engolir o mundo. Meus braços estão abertos para o que vem por ai, abri a porta do infinito e

Hoje, meu primeiro nome é sorriso.

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Clara Arôxa


3 comentários:

  1. Qualquer coisa menos verso entalado!
    Libertação, pelo amor! :)

    sorrisão pra ti, clara!

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  2. Gostei muito do blog e dos textos que li, muito talento por aqui :)

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  3. quando foi que você passou a falar por mim?

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