sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

deleite da solidão

Livros pra TV, rádio para a nostalgia da minha cara de virar a noite rodando a cabeça nele. Um cara sujo, amarelado, cheiro de vida que acorda e ta tudo errado, estamos nos vendo de longe. E de longe ele vem me pedir a mão para alcançar os lábios dele; lábios tristes. Sou um anjo ou um demônio com peitos, no meu peito, coração, e em todos os lados. Todos os meus lados, e ele fazendo a cena para me ver de perto. De perto ele vem me lembrar que é um cara sujo, cinza, cheiro de rua posta à madrugada; deleite da solidão.

_

Gabriele Fidalgo

2 comentários:

  1. fujo de quem não quer acabar com a solidão, com o tom sujo e cinza. Ação típica de quem sabe que merece mais. Texto lindo, Gabis! =*

    ResponderExcluir
  2. Forte como whisky Caubói, rouca como boate esfumaçada de tanto cigarro.

    ResponderExcluir